domingo, 22 de janeiro de 2017

Tipos de Chuvas: Chuva orográfica, Frontal e de Convecção

A chuva é um dos vários tipos de precipitação do vapor d'água existente na atmosfera, sendo caracterizada pela queda da água em sua forma líquida. É possível, assim, caracterizá-la e classificá-la com base em diferentes critérios, como o índice de acidez ou a sua intensidade. No entanto, a seguir, destacaremos os principais tipos de chuva conforme a sua classificação mais comum, que se baseia em sua forma de ocorrência.





Desse modo, temos três tipos de chuva principais: as orográficas, as frontais e as convectivas.



Chuvas orográficas



As chuvas orográficas – também chamadas de chuva de relevo - são o principal exemplo de como as formas de relevo podem influenciar o clima e também os fenômenos meteorológicos. Elas ocorrem quando uma massa de ar úmido é “bloqueada” por uma forma íngreme de relevo, como uma montanha, uma serra ou escarpa. Assim, nessa área de encontro, ocorrem fortes chuvas orográficas, que retiram toda a umidade do ar e faz com que ele se apresente mais seco ao prosseguir.
Geralmente, as áreas que recebem esse ar seco formado passam por fortes secas. Em alguns pontos, formam-se, por esse motivo, grandes desertos, a exemplo de algumas áreas da China, que são desérticas justamente pela impossibilidade de chuvas, que se concentram nas áreas de relevo mais íngreme no sul da Ásia.




Chuvas frontais


As chuvas frontais – também chamadas de chuvas ciclônicas – são aquelas resultantes do encontro direto entre duas massas de ar, sendo uma fria e seca e outra quente e úmida. A massa de ar frio, por ser mais densa, faz a massa de ar quente e úmido subir para os pontos mais altos da troposfera, onde se inicia o processo de condensação e a consequente precipitação.




Chuvas de convecção ou convectivas


As chuvas convectivas – também chamadas de chuvas de verão – são aquelas que se formam a partir da circulação do ar em uma determinada localidade, havendo um movimento ascendente do ar quente e descendente do ar frio, haja vista que esse último é mais denso. Assim, o ar quente, ao subir, leva consigo toda a umidade produzida na superfície, incluindo a evapotranspiração da vegetação, produzindo o ambiente propício para a formação das chuvas.






Referências do texto:

PENA, Rodolfo F. Alves.   "Tipos de Chuva";    Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/tipos-chuva.htm>. Acesso em 22 de janeiro de 2017.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Hotspot em Geografia

Áreas de hotspot pelo mundo

Nos estudos ambientais, entende-se por hotspot toda área natural cuja preservação é prioridade em níveis mundiais em razão de suas elevadas ameaças de extinção. Por definição, é considerada como hotspot toda área com pelo menos 1500 espécies endêmicas (que só existem naquela região) e que já perdeu mais de ¾ de sua vegetação original. No Brasil, dois domínios naturais são classificados como tal: o Cerrado e a Mata Atlântica.

A expressão hotspot é utilizada em várias áreas do conhecimento, da Tecnologia da Informação à Genética, e quer dizer, em tradução livre, “pontos quentes”. Nas ciências ambientais, o conceito foi desenvolvido pelo ecólogo inglês Norman Myers, em 1988, com o objetivo de delimitar as áreas de preservação urgente no planeta Terra.

Em seu estudo, Myers inicialmente classificou dez domínios naturais como hotspots, incluindo notadamente as florestas tropicais. No Brasil, nesse momento, incluiu-se apenas a Mata Atlântica. Dentre outras dessas áreas, destacam-se o espaço natural de Madagascar e os Andes, esse último na América do Sul.

Entre os anos de 1996 e 1999, o primatólogo estadunidense Russell Mittermeier realizou estudos que foram capazes de ampliar o número de hotspots mundiais para um total de 25 espaços naturais. Já em 2005, a organização Conservation Internacional atualizou os estudos e outras regiões foram incorporadas, alcançando os 34 hotspots ambientais atuais. 

Embora o avanço nos estudos e a intensificação das atividades humanas sobre o meio natural tenham contribuído para o aumento do número de hotspots em todo o mundo, segundo dados da Conservation Internacional, a soma de todas as suas áreas recobre apenas 2,3% da superfície terrestre. No entanto, mesmo com esse espaço delimitado, esses domínios abrigam 50% das espécies vegetais e 42% de todos os vertebrados conhecidos no planeta Terra.


Fonte:mundoeducaão.bol.com - Rodolfo F. Alves Pena

* Créditos da imagem: Conservation Internacional / Wikimedia Commons