A escala Richter é uma ferramenta da
sismologia criada em 1935 por Charles Richter, um físico e sismólogo
norte-americano, a fim de fornecer uma medida matemática para comparar a
magnitude dos terremotos. Em essência, essa escala avalia a amplitude das ondas
sísmicas registradas por sismógrafos, explica o Serviço Geológico dos Estados
Unidos (United States Geological Survey, da sigla USGS).
A
magnitude de um terremoto, de acordo com a escala Richter, é derivada do
logaritmo da amplitude dessas ondas. Além disso, são feitos ajustes para levar
em conta a distância entre o epicentro do terremoto e os vários sismógrafos. Os
resultados dessa medição são expressos em números inteiros e frações decimais.
Por
exemplo, um terremoto moderado pode ter uma magnitude de 5,3, enquanto um
terremoto forte pode chegar a 6,3 na escala Richter.
De
acordo com o USGS, um aspecto notável dessa escala é sua base logarítmica: cada
aumento de número inteiro na magnitude implica um aumento de dez vezes na
amplitude medida. Em termos de energia liberada, cada avanço de número inteiro
na escala de magnitude é equivalente a aproximadamente 31 vezes mais energia do
que o valor anterior.
Em
outras palavras, a escala Richter permite que a magnitude dos terremotos seja
compreendida e quantificada. Ela ajuda cientistas e autoridades a avaliar e
responder adequadamente a esses eventos naturais.
A escala Richter é adequada para medir
terremotos leves?
A
escala Richter tem uma peculiaridade: ao contrário das escalas lineares, em que
cada incremento representa um valor igual ao anterior, nas escalas
logarítmicas, como a de Richter, cada passo adiante representa um aumento
exponencial na magnitude, observa um artigo da National Geographic Espanha.
Por
exemplo, se dois terremotos com magnitudes de 3 e 6, respectivamente, forem
comparados, a energia liberada pelo segundo terremoto não é duas vezes, mas um
milhão de vezes maior do que a do primeiro.
Inicialmente,
a escala Richter foi projetada para medir terremotos relativamente fracos entre
as magnitudes 2,0 e 6,9. No entanto, com o passar do tempo, surgiram críticas a
essa escala. Uma delas é a dificuldade de relacioná-la com as características
físicas da fonte do terremoto, reconhece o artigo espanhol.
No
início do século 21, muitos sismólogos consideraram a escala Richter obsoleta e
propuseram uma alternativa mais adequada: a escala sismológica de magnitude de
momento.
Introduzida
em 1979 pelos sismólogos Thomas Hanks e Hiroo Kanamori, essa ferramenta se
baseia na medição da energia total liberada em um terremoto, explica a National
Geographic Espanha. Ao contrário de sua antecessora, ela é capaz de avaliar a
energia liberada em terremotos de magnitudes superiores a 6,9, fornecendo um
quadro mais completo do fenômeno sísmico.
Além da Escala Richter temos a: Escala Mercalli
Escala Mercalli
A
escala de Richter não avalia a intensidade sísmica em um local determinado ou
em zonas urbanas. Para isso utilizamos uma escala de intensidade, a escala de
Mercalli. Ela foi criada em 1902 pelo sismólogo italiano Giusseppe Mercalli.
Essa escala, ao contrário da escala de Richter não se baseia em registros
sismográficos e sim nos efeitos ou danos produzidos nas estruturas e percebido
pelas pessoas nas imediações do abalo. Para um mesmo sismo, a intensidade pode
ser diferente em diversas localidades reportadas.
A
escala de Mercalli tem uma importância apenas qualitativa e não deve ser
interpretada em termos absolutos, uma vez que depende de observação humana.
Por
exemplo, um terremoto classificado como 7 na escala de Richter num deserto
inabitado é classificado como 1 na escala de Mercalli, enquanto que um
terremoto de menor magnitude classificado como 5, numa zona onde as construções
são frágeis e pouco preparadas para resistir a abalos sísmicos pode causar
efeitos devastadores e ser classificado com intensidade 9.
Escala Saffir - Simpson
Quando
um furacão com a categoria 5 na escala
Saffir-Simpson se forma significa que, de acordo com esta classificação, o
evento da natureza atingiu sua fase mais perigosa, o que coloca a população e
os especialistas em alerta.
Mas como funciona a escala que define quando um furacão ou ciclone apresenta grande risco? Conheça melhor o método de medição Saffir-Simpson.
O que é
a escala Saffir-Simpson?
A
escala Saffir-Simpson é uma classificação de 1 a 5 baseada na velocidade máxima
sustentada do vento de um furacão, que também estima os possíveis danos à
propriedade, explica o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC).
Ela foi
criada no início da década de 1970 pelo engenheiro Herbert Saffir e pelo
meteorologista Robert Simpson, que se propuseram a desenvolver um método de
medição que descrevesse os prováveis efeitos que os furacões poderiam ter em
uma área.
Conforme
esclarece um documento publicado em 2021 pelo NHC, a escala não leva em conta o
potencial de outros impactos relacionados aos furacões ou ciclones, como
tempestades, inundações induzidas pela chuva e tornados. Deve-se, portanto,
observar que as descrições gerais de danos dependem, até certo ponto, dos códigos
de construção locais existentes.
Embora
todos os furacões produzam ventos com risco de morte, os ciclones de categoria
3 ou superior são conhecidos como grandes furacões e podem gerar danos
devastadores, além de perdas significativas de vidas devido à força de seus
ventos.
Quais são as categorias da escala
Saffir-Simpson e que danos elas causam?
De
acordo com o documento de 2021, a escala tem 5 níveis e, em geral, as
indenizações são multiplicadas por um fator de quatro para cada aumento na
categoria.
No
nível 1, a velocidade do vento está entre 119 e 153 quilômetros por hora
(km/h). Essa condição pode ter alguns efeitos negativos, como danos nos
telhados e calhas das casas. Além disso, galhos grandes de árvores podem se
quebrar e cair, bem como árvores com raízes rasas. Além disso, os postes e as
linhas de energia elétrica costumam ser afetados, levando a possíveis quedas de
energia.
O
Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais do México indica que esses
ventos causam danos menores à infraestrutura e à vegetação.
Já no
nível seguinte, os ventos estão entre 154 e 177 km/h, o que causa danos
significativos: casas bem construídas geralmente sofrem estragos consistentes
no telhado e em seu revestimento. Algumas árvores de raízes rasas são
arrancadas e podem bloquear estradas. A perda de energia elétrica pode ser
quase total e as interrupções nesse serviço são capazes de durar de vários dias
a semanas.
Os
ciclones de categoria 3 são caracterizados por ventos entre 178 e 208 km/h,
causando estragos devastadores até mesmo em casas com estruturas sólidas.
Muitas árvores acabam arrancadas, inclusive pela raiz, e aumentam os bloqueios
às estradas. Em termos de serviços, a eletricidade e a água geralmente ficam
indisponíveis por vários dias ou semanas após o fim da tempestade.
O nível
4 de Saffir-Simpson apresenta ventos entre 209 e 251 km/h. Esses ventos geram
danos catastróficos: "Casas bem construídas podem ser severamente
danificadas com a perda da maior parte da estrutura do telhado e/ou de algumas
paredes externas", explica o NHC. A maioria das árvores e postes de eletricidade
caem, deixando algumas áreas residenciais isoladas. As quedas de energia podem
durar semanas ou até meses e, como consequência final, é provável que a maior
parte da área fique inabitável por semanas ou meses.
Finalmente,
no nível 5, os ventos ultrapassam 252 km/h. Quando o ciclone atinge esse nível
da escala, uma alta porcentagem de casas é destruída. A maior parte da área
fica inabitável por um longo período e algumas áreas residenciais são isoladas,
sem terem serviço de água ou energia por várias semanas ou meses.
https:/nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente
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