terça-feira, 2 de julho de 2024

ESCALA RICHTER, ESCALA MERCALLI E ESCALA SAFFIR - SIMPSON


A escala Richter é uma ferramenta da sismologia criada em 1935 por Charles Richter, um físico e sismólogo norte-americano, a fim de fornecer uma medida matemática para comparar a magnitude dos terremotos. Em essência, essa escala avalia a amplitude das ondas sísmicas registradas por sismógrafos, explica o Serviço Geológico dos Estados Unidos (United States Geological Survey, da sigla USGS).




A magnitude de um terremoto, de acordo com a escala Richter, é derivada do logaritmo da amplitude dessas ondas. Além disso, são feitos ajustes para levar em conta a distância entre o epicentro do terremoto e os vários sismógrafos. Os resultados dessa medição são expressos em números inteiros e frações decimais.

Por exemplo, um terremoto moderado pode ter uma magnitude de 5,3, enquanto um terremoto forte pode chegar a 6,3 na escala Richter.

Sismógrafo

De acordo com o USGS, um aspecto notável dessa escala é sua base logarítmica: cada aumento de número inteiro na magnitude implica um aumento de dez vezes na amplitude medida. Em termos de energia liberada, cada avanço de número inteiro na escala de magnitude é equivalente a aproximadamente 31 vezes mais energia do que o valor anterior.

Em outras palavras, a escala Richter permite que a magnitude dos terremotos seja compreendida e quantificada. Ela ajuda cientistas e autoridades a avaliar e responder adequadamente a esses eventos naturais.

A escala Richter é adequada para medir terremotos leves?

A escala Richter tem uma peculiaridade: ao contrário das escalas lineares, em que cada incremento representa um valor igual ao anterior, nas escalas logarítmicas, como a de Richter, cada passo adiante representa um aumento exponencial na magnitude, observa um artigo da National Geographic Espanha.


Por exemplo, se dois terremotos com magnitudes de 3 e 6, respectivamente, forem comparados, a energia liberada pelo segundo terremoto não é duas vezes, mas um milhão de vezes maior do que a do primeiro.

Inicialmente, a escala Richter foi projetada para medir terremotos relativamente fracos entre as magnitudes 2,0 e 6,9. No entanto, com o passar do tempo, surgiram críticas a essa escala. Uma delas é a dificuldade de relacioná-la com as características físicas da fonte do terremoto, reconhece o artigo espanhol.

No início do século 21, muitos sismólogos consideraram a escala Richter obsoleta e propuseram uma alternativa mais adequada: a escala sismológica de magnitude de momento.

Introduzida em 1979 pelos sismólogos Thomas Hanks e Hiroo Kanamori, essa ferramenta se baseia na medição da energia total liberada em um terremoto, explica a National Geographic Espanha. Ao contrário de sua antecessora, ela é capaz de avaliar a energia liberada em terremotos de magnitudes superiores a 6,9, fornecendo um quadro mais completo do fenômeno sísmico.

Além da Escala Richter temos a: Escala Mercalli

Escala Mercalli

A escala de Richter não avalia a intensidade sísmica em um local determinado ou em zonas urbanas. Para isso utilizamos uma escala de intensidade, a escala de Mercalli. Ela foi criada em 1902 pelo sismólogo italiano Giusseppe Mercalli. Essa escala, ao contrário da escala de Richter não se baseia em registros sismográficos e sim nos efeitos ou danos produzidos nas estruturas e percebido pelas pessoas nas imediações do abalo. Para um mesmo sismo, a intensidade pode ser diferente em diversas localidades reportadas.

A escala de Mercalli tem uma importância apenas qualitativa e não deve ser interpretada em termos absolutos, uma vez que depende de observação humana.

Por exemplo, um terremoto classificado como 7 na escala de Richter num deserto inabitado é classificado como 1 na escala de Mercalli, enquanto que um terremoto de menor magnitude classificado como 5, numa zona onde as construções são frágeis e pouco preparadas para resistir a abalos sísmicos pode causar efeitos devastadores e ser classificado com intensidade 9.

Escala Mercalli: Imagem(Abalos-símicos)


Escala Saffir - Simpson

 

Quando um furacão com a categoria 5 na escala Saffir-Simpson se forma significa que, de acordo com esta classificação, o evento da natureza atingiu sua fase mais perigosa, o que coloca a população e os especialistas em alerta.

Mas como funciona a escala que define quando um furacão ou ciclone apresenta grande risco? Conheça melhor o método de medição Saffir-Simpson. 

Tornado - Furação

O que é a escala Saffir-Simpson?

A escala Saffir-Simpson é uma classificação de 1 a 5 baseada na velocidade máxima sustentada do vento de um furacão, que também estima os possíveis danos à propriedade, explica o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC).

Ela foi criada no início da década de 1970 pelo engenheiro Herbert Saffir e pelo meteorologista Robert Simpson, que se propuseram a desenvolver um método de medição que descrevesse os prováveis efeitos que os furacões poderiam ter em uma área.

Conforme esclarece um documento publicado em 2021 pelo NHC, a escala não leva em conta o potencial de outros impactos relacionados aos furacões ou ciclones, como tempestades, inundações induzidas pela chuva e tornados. Deve-se, portanto, observar que as descrições gerais de danos dependem, até certo ponto, dos códigos de construção locais existentes.

Embora todos os furacões produzam ventos com risco de morte, os ciclones de categoria 3 ou superior são conhecidos como grandes furacões e podem gerar danos devastadores, além de perdas significativas de vidas devido à força de seus ventos.

Quais são as categorias da escala Saffir-Simpson e que danos elas causam?

De acordo com o documento de 2021, a escala tem 5 níveis e, em geral, as indenizações são multiplicadas por um fator de quatro para cada aumento na categoria.


No nível 1, a velocidade do vento está entre 119 e 153 quilômetros por hora (km/h). Essa condição pode ter alguns efeitos negativos, como danos nos telhados e calhas das casas. Além disso, galhos grandes de árvores podem se quebrar e cair, bem como árvores com raízes rasas. Além disso, os postes e as linhas de energia elétrica costumam ser afetados, levando a possíveis quedas de energia.

O Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais do México indica que esses ventos causam danos menores à infraestrutura e à vegetação.

Já no nível seguinte, os ventos estão entre 154 e 177 km/h, o que causa danos significativos: casas bem construídas geralmente sofrem estragos consistentes no telhado e em seu revestimento. Algumas árvores de raízes rasas são arrancadas e podem bloquear estradas. A perda de energia elétrica pode ser quase total e as interrupções nesse serviço são capazes de durar de vários dias a semanas.

Os ciclones de categoria 3 são caracterizados por ventos entre 178 e 208 km/h, causando estragos devastadores até mesmo em casas com estruturas sólidas. Muitas árvores acabam arrancadas, inclusive pela raiz, e aumentam os bloqueios às estradas. Em termos de serviços, a eletricidade e a água geralmente ficam indisponíveis por vários dias ou semanas após o fim da tempestade.

O nível 4 de Saffir-Simpson apresenta ventos entre 209 e 251 km/h. Esses ventos geram danos catastróficos: "Casas bem construídas podem ser severamente danificadas com a perda da maior parte da estrutura do telhado e/ou de algumas paredes externas", explica o NHC. A maioria das árvores e postes de eletricidade caem, deixando algumas áreas residenciais isoladas. As quedas de energia podem durar semanas ou até meses e, como consequência final, é provável que a maior parte da área fique inabitável por semanas ou meses.

Finalmente, no nível 5, os ventos ultrapassam 252 km/h. Quando o ciclone atinge esse nível da escala, uma alta porcentagem de casas é destruída. A maior parte da área fica inabitável por um longo período e algumas áreas residenciais são isoladas, sem terem serviço de água ou energia por várias semanas ou meses.

 

 

https:/nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente



 


sábado, 22 de junho de 2024

O ciclo das rochas



O ciclo das rochas é um conceito básico em geologia que descreve as transformações através do tempo geológico, entre os três principais tipos de rochas: sedimentares, metamórficas e ígneas. Cada um dos tipos de rochas são alterados ou destruídos ,quando ele é forçado para fora das suas condições de equilíbrio. Devido às forças do movimento das placas tectônicas, zona de subducção e do ciclo da água, as rochas não permanecem em equilíbrio e são forçadas a mudar à medida que se adaptam com novos ambientes. O ciclo das rochas é um conceito que explica bem como os três tipos de rochas são relacionados uns com os outros, e com os processos de mudanças ao longo da evolução geológica do planeta Terra.

Desenvolvimento histórico - O ciclo das rochas geralmente era atribuído pelo Geólogo James Hutton,a partir do século XVIII. O ciclo das rochas fez parte do Hutton pela sua frase: "Nenhum vestígio de um começo, e sem perspectiva de um fim, se, em especial para o ciclo das rochas e a natureza cíclica prevista de processos geológicos". Este conceito do ciclo das rochas não-evolutiva repetitivo permaneceu dominante até a revolução das placas tectônicas da década de 1960. Com o entendimento de desenvolvimento da movimentação das placas tectônicas , o ciclo das rochas mudou de infinitamente repetitiva,a um processo de evolução gradual. O ciclo de Wilson (um ciclo das rochas baseado nas placas tectônicas) foi desenvolvido por J. Tuzo Wilson durante os anos 1950 e 1960.

Transição dos tipos de rochas - Rochas expostas em altas temperaturas e pressões podem ter sido alteradas fisicamente ou quimicamente ao ponto de formar uma rocha diferente, a rocha metamórfica. Metamorfismo refere-se aos efeitos sobre grandes massas de rochas sobre uma vasta área, tipicamente associados a eventos de construção de montanhas dentro de cinturões Orogênese. Estas rochas comumente apresentam diversos tipos de diferentes minerais e cores.

Placas tectônicas - Em 1967, J. Tuzo Wilson publicou um artigo na revista Nature que descreve a abertura repetida e fechamento de bacias oceânicas, com especial incidência sobre o atual área do Oceano Atlântico. Este conceito, é uma parte da evolução das placas tectônicas, tornou-se conhecido como o ciclo de Wilson. O ciclo de Wilson teve profundos efeitos sobre a interpretação moderna do ciclo das rochas. Como as placas tectônicas se tornou reconhecido como a força dos movimentos para o ciclo das rochas.

O papel da água - A presença de água abundante na Terra é de grande importância para o ciclo das rochas. Mais talvez, são os processos da água para formação de erosão e intemperismo. As chuvas,alagamentos de solos e águas subterrâneas é bastante eficaz na dissolução de minerais, especialmente, as rochas ígneas ,metamórficas e sedimentares marinhas que são instáveis sob condições atmosféricas perto da superfície. A água leva embora os íons dissolvidos em solução e os fragmentos desagregados que são os materiais do intemperismo. Água transporta grandes quantidades de sedimentos através de interiores de bacias de hidrográficas dos rios que vai para os oceanos.

Um papel menos óbvio da água está nos processos de metamorfismo que ocorrem em rochas vulcânicas do fundo do mar, como a água do mar, por vezes aquecido, flui através das fraturas e fendas na rocha. Todos estes processos, ilustrado por serpentinização, são uma parte importante da destruição de rocha vulcânica.

Outro papel importante da água é sua participação na formação das rochas sedimentares. Os sedimentos depositados são compactados pela pressão, e elementos dissolvidos na água que se infiltra realizam o processo de cimentação, isto é, criam coesão entre as partículas.


Tipos de Rochas

A classificação dos tipos de rochas, conforme sua gênese, é em ígneas ou magmáticas, metamórficas e sedimentares.

1 - Rochas ígneas ou magmáticas: são aquelas que se originam a partir da solidificação do magma ou da lava vulcânica. Elas costumam apresentar uma maior resistência e subtipos geologicamente recentes e de formações antigas. Elas dividem-se em dois tipos:

a) Rochas ígneas extrusivas ou vulcânicas: são aquelas que surgem a partir do resfriamento do magma expelido em forma de lava por vulcões, formando a rocha na superfície e em áreas oceânicas. Como nesse processo a formação da rocha é rápida, ela apresenta características diferentes das rochas intrusivas. Um exemplo é o basalto.

 


b) Rochas ígneas intrusivas ou plutônicas: são aquelas que se formam no interior da Terra, geralmente nas zonas de encontro entre a astenosfera e a litosfera, em um processo constitutivo mais longo. Elas surgem na superfície somente através de afloramentos, que se formam graças ao movimento das placas tectônicas, como ocorre com a constituição das montanhas. Exemplo: granito e gabro. 


2 - Rochas metamórficas: são as rochas que surgem a partir de outros tipos de rochas previamente existentes (rochas-mãe) sem que essas se decomponham durante o processo, que é chamado de metamorfismo. Quando a rocha original é transportada para outro ponto da litosfera que apresenta temperatura e pressão diferentes do seu local de origem, ela altera as suas propriedades mineralógicas, transformando-se em rochas metamórficas. Exemplo: Gnaisse e mármore.



3 - Rochas sedimentares: são rochas que se originam a partir do acúmulo de sedimentos, que são partículas de rochas. Uma rocha preexistente sofre com as ações dos agentes externos ou exógenos de transformação do relevo, desgastando-se e segmentando-se em inúmeras partículas (meteorização); em seguida, esse material (pó, argila, etc.) é transportado pela água e pelos ventos para outras áreas, onde se acumulam e, a uma certa pressão, unem-se e solidificam-se novamente (diagênese), formando novas rochas.

Esse tipo de constituição rochosa, em certos casos, favorece a preservação de fósseis, que, por esse motivo, só podem ser encontrados em rochas sedimentares. Além disso, nas chamadas bacias sedimentares, é possível a existência de petróleo, recurso mineral muito importante para a sociedade contemporânea. Exemplo: Arenito, argila e calcário.


Conhecer os diferentes tipos de rocha é importante para a realização de práticas econômicas, que se beneficiam delas de várias formas. Além disso, tal compreensão possibilita o entendimento dos processos de formação da Terra, do relevo e seus ciclos de transformação.

 

Fontes:

Mundo educação uol

Wikipédia/apud

http://www.windows2universe.org/earth/geology/rocks_intro.html&lang=sp