O que são rochas?
São produtos consolidados,
resultantes da união natural de minerais.
Diferente dos sedimentos,
como por exemplo a areia da praia (um conjunto de minerais soltos), as rochas
têm os seus cristais ou grãos constituintes muito bem unidos.
Na agregação mineralógica constituinte das rochas, podem ser reconhecidos os minerais essenciais e os minerais acessórios.
Os essenciais estão sempre presentes e são os mais abundantes numa determinada
rocha, e as suas proporções determinam o nome da rocha.
Os acessórios podem ou não estar presentes, sem que isto modifique a
classificação da rocha em questão.
Simples
ou uniminerálicas – formada por apenas uma espécie de mineral.
Exemplo: quartzito – mineral
único: quartzo (SiO2) mármore – mineral único: cristais de calcita (CaCO3)
Composta
ou pluriminerálicas (granito) – formada por mais de uma
espécie de mineral.
Exemplo: granito – presença
de quartzo, feldspato e mica diabásios – presença de feldspato, piroxênio e
magnetita.
ROCHAS ÍGNEAS OU MAGMÁTICAS
EL CAPITAN - Maior rocha de granito do mundo
No parque nacional do Yosemite, na Califórnia (EUA), o granito encontrado nos icônicos El Capitan e Half Dome é diferente. O do El Capitan tem 102 milhões de anos, e é mesclado com diorito, um mineral de cor escura. O Half Dome é mais jovem, composto por um granodiorito que se formou há 87 milhões de anos atrás.
São formadas pela solidificação do magma proveniente do interior da Terra, que trazem para a superfície do planeta importantes informações sobre as regiões profundas da crosta e do manto terrestre.
Se o resfriamento da rocha
ocorrer no interior da terra, a rocha será do tipo ígneo intrusiva, se chegar
na superfície da terra será do tipo ígnea extrusiva ou vulcânica sendo o
basalto a mais abundante deste tipo.
O resfriamento do magma extrusivo é muito mais rápido, então o cristal
não cresce muito, gerando a textura fina das ígneas extrusivas.
Já as intrusivas por serem cristalizadas a grandes profundidades no
interior da crosta esfriam lentamente e podem atingir tamanhos visíveis a olho
nu como o granito.
O QUE É O MAGMA?
É um material em fusão
composto de gases e minerais silicatados que, ao se solidificar, dá origem às
rochas ígneas.
Quanto atinge a superfície
dá-se o nome de LAVA.
Temperatura do magma = 800 a
1.400º C.
CLASSIFICAÇÃO
DAS ROCHAS
MAGMÁTICAS
Porcentagem de sílica -
Sílica está sempre presente. De acordo com a porcentagem:
– ácidas (superiores a 65%)
– intermediárias ou neutras
(entre 52% e 65%)
– básicas (inferiores a 52%)
• Cor dos minerais Félsicos
(claros) ou máficos (escuros). Em relação a minerais escuros:
– Leucocráticas (inferiores
a 30%)
– Mesocráticas (entre 30% e
60%)
– Melanocráticas (superiores
a 60%)
• Tipo de feldspato
– Alcalinas: predominância
dos feldspatos potássicos, sódicos, e os intercrescimentos de ambos sobre os
plagioclásios.
– Monzoníticas: equilíbrio
entre feldspatos alcalinos e feldspatos alcali-cálcicos.
– Alcali-cálcicas ou
plagioclásticas: predominância dos plagioclásios sobre feldspatos alcalinos.
• Granulação - a granulação
do mineral também é utilizada como base de classificação – Grossa (> 5 mm):
rochas formadas a grandes profundidades – Média (entre 1 mm e 5 mm): rochas
formadas a profundidades médias – Fina (< 1 mm): rochas formadas na
superfície da Terra.
GÊNESE
As rochas metamórficas são o
produto da transforma transformação de qualquer tipo de rocha qualquer tipo de
rocha levada a um ambiente onde as condições físicas (pressão, temperatura) são
muito distintas daquelas onde a rocha se formou.
Nestes ambientes, os
minerais podem se tornar instáveis e reagir formando outros minerais, estáveis
nas condições vigentes.
É uma transformação em
estado sólido, pois se houvesse fusão resultariam rochas ígneas.
O termo metamórfica vem do
grego e significa mudança na forma. a na forma
O pão de açúcar - Uma rocha metamórfica
As rochas metamórficas são rochas ígneas, sedimentares ou mesmo metamórficas que
sofreram metamorfismo.
Rocha metamórfica é um tipo
de rocha derivado da metamorfose (transformação) de rochas magmáticas ou
sedimentares que sofrem modificação em sua composição atômica, devido à
influência das diferentes condições do ambiente em que estão inseridas em
comparação aos locais onde foram originalmente formadas. Dessa maneira,
origina-se uma nova rocha, com novas propriedades e outra composição mineral.
Na maioria dos casos as
rochas metamórficas formam-se a partir de outras rochas, que são submetidas a
pressões intensas ou elevadas temperaturas. Tal processo ocorre naturalmente
devido ao movimento intenso e constante do núcleo terrestre, provocando o movimento
periódico da crosta do planeta (a cobertura de terra e rochas que compôem a
região externa do planeta). O movimento da crosta, por sua vez, dá início a um
rearranjo nas rochas localizadas na parte superior, sendo, que quando as rochas
magmáticas e as sedimentares são empurradas a níveis inferiores, dando origem
assim ao processo de formação da rocha metamórfica.
O metamorfismo, nome dado ao
fenômeno descrito acima, é passível de desenvolvimento em diversos ambientes da
crosta, variando na extensão, profundidade e o grau de modificação das rochas.
Os fatores determinantes para a ocorrência do metamorfismo são:
tipos de rochas metamórficas
a serem formadas;
localização e extensão na
crosta terrestre;
parâmetros físicos
envolvidos;
mecanismo determinante para
a conjunção destes parâmetros;
São três os cenários de
ocorrência do fenômeno metamórfico, a saber:
a) o metamorfismo regional ou dinamotermal - ocorre em grande
extensões bem como em grandes profundidades na crosta. Suas transformações
estão relacionadas à ação combinada da temperatura, pressão litosférica e
pressão dirigida sendo aplicadas durante milhões de anos. As rochas são
fortemente dobradas e falhadas, sofrem recristalização, apresentando estrutura
foliada. São exemplos: ardósias, xistos, gnaisses e anfibolitos.
b) metamorfismo de contato ou termal - resultado apenas da ação da
temperatura, através do calor cedido por intrusão magmática que corta uma
sequência de rochas sedimentares encaixantes, metamórficas ou magmáticas.
Através destes cortes e do constante contato entre as superfícies teremos como
resultado o fenômeno metamórfico. As rochas deste grupo são conhecidas por
"hornfels".
c) metamorfismo dinâmico ou cataclástico - neste caso, o fator
determinante e exclusivo é o atrito. É desenvolvido através de longas faixas e
estreita adjacência de falhas, onde pressões de grande intensidade causam
movimentações e rupturas na crosta.
Foram reconhecidos, porém,
outros tipos de metamorfismo, que podem às vezes confundir-se com os três tipos
já citados, apresentando, porém, características diferenciais que permitem
distingui-los, tornando-os ocorrências à parte. Estes são:
a) metamorfismo de soterramento - característica de bacias
sedimentares em subsidência. Resultado de espessas camadas de rochas
sedimentares e vulcânicas a grandes profundidades, podendo chegar a 300oC.
b) metamorfismo hidrotermal - resultado da infiltração de águas
quentes através das fraturas e grânulos da rocha. Os minerais são cristalizados
a temperaturas de 100 a 370oC
c) metamorfismo de fundo oceânico - característico dos rifts das
cadeias meso-oceânicas, com a crosta recém formada e quente que interage com a
água fria do mar.
d) metamorfismo de impacto - ocorre em regiões limitadas da crosta, em
locais de impacto de grandes meteoritos. A energia de impacto é dissipada na
forma de ondas de choque, que deslocam as rochas, formando a cratera de impacto
e de calor, vaporizando o meteorito e fundindo as rochas.
(Emerson Santiago - infoescola)
TIPOS DE METAMORFISMO
Rochas sedimentares
As rochas sedimentares são
rochas formadas pela junção de detritos – chamados de sedimentos – oriundos da
fragmentação de outras rochas. Essa fragmentação ocorre graças à ação dos
agentes externos ou exógenos de transformação do relevo, em um processo
denominado por intemperismo.
As rochas sedimentares têm
como uma de suas principais características a sua estruturação em camadas, ou
seja, é um tipo de rocha estratificada (veja a figura abaixo). Essas camadas
são resultantes da interposição lenta e gradual, que leva milhares e milhares
de anos, das diferentes camadas de sedimentos. Essas interposições muitas vezes
são responsáveis por “enterrar” ou recobrir os corpos de animais e plantas,
dando origem aos fósseis. Estudar as rochas sedimentares é, dessa forma, uma
das formas mais eficazes de se estudar os passados histórico, geológico e
biológico do planeta.
CAMADAS DE UM ROCHA SEDIMENTAR
Como as rochas sedimentares
se formam?
Sabemos que a formação das
rochas sedimentares acontece pela junção de inúmeros sedimentos. No entanto,
essa união de pequenas partículas manifesta-se em duas etapas denominadas,
respectivamente, por sedimentogênese e diagênese.
a) sedimentogênese: ocorre através da sucessão
dos processos de meteorização, erosão, transporte e sedimentação. Apesar dessa
série de nomes, é um processo simples e de fácil compreensão. Vejamos:
b) diagênese: ocorre após a
sedimentogênese e engloba uma série de processos físico-químicos responsáveis
por dar coesão aos sedimentos, formando, assim, as rochas sedimentares
propriamente ditas. Ela manifesta-se a partir dos processos de compactação e
cimentação.
A compactação ocorre quando
as várias camadas de sedimentos vão sendo depositadas umas sobre as outras.
Assim, o peso e a pressão exercidos sobre as camadas mais inferiores agem no
sentido de compactar as partículas de rochas então dispersas.
Em seguida, durante a
cimentação, as camadas desidratam-se e unem-se, formando, finalmente, as
rochas.
Seixos (Rocha sedimentar)
Referências;
- geologia.ufpr.br
- mundoeducacao.bol.uol. - Rochas sedimentares - Rodolfo F. Alves Pena
Nenhum comentário:
Postar um comentário