terça-feira, 2 de julho de 2024

ESCALA RICHTER, ESCALA MERCALLI E ESCALA SAFFIR - SIMPSON


A escala Richter é uma ferramenta da sismologia criada em 1935 por Charles Richter, um físico e sismólogo norte-americano, a fim de fornecer uma medida matemática para comparar a magnitude dos terremotos. Em essência, essa escala avalia a amplitude das ondas sísmicas registradas por sismógrafos, explica o Serviço Geológico dos Estados Unidos (United States Geological Survey, da sigla USGS).




A magnitude de um terremoto, de acordo com a escala Richter, é derivada do logaritmo da amplitude dessas ondas. Além disso, são feitos ajustes para levar em conta a distância entre o epicentro do terremoto e os vários sismógrafos. Os resultados dessa medição são expressos em números inteiros e frações decimais.

Por exemplo, um terremoto moderado pode ter uma magnitude de 5,3, enquanto um terremoto forte pode chegar a 6,3 na escala Richter.

Sismógrafo

De acordo com o USGS, um aspecto notável dessa escala é sua base logarítmica: cada aumento de número inteiro na magnitude implica um aumento de dez vezes na amplitude medida. Em termos de energia liberada, cada avanço de número inteiro na escala de magnitude é equivalente a aproximadamente 31 vezes mais energia do que o valor anterior.

Em outras palavras, a escala Richter permite que a magnitude dos terremotos seja compreendida e quantificada. Ela ajuda cientistas e autoridades a avaliar e responder adequadamente a esses eventos naturais.

A escala Richter é adequada para medir terremotos leves?

A escala Richter tem uma peculiaridade: ao contrário das escalas lineares, em que cada incremento representa um valor igual ao anterior, nas escalas logarítmicas, como a de Richter, cada passo adiante representa um aumento exponencial na magnitude, observa um artigo da National Geographic Espanha.


Por exemplo, se dois terremotos com magnitudes de 3 e 6, respectivamente, forem comparados, a energia liberada pelo segundo terremoto não é duas vezes, mas um milhão de vezes maior do que a do primeiro.

Inicialmente, a escala Richter foi projetada para medir terremotos relativamente fracos entre as magnitudes 2,0 e 6,9. No entanto, com o passar do tempo, surgiram críticas a essa escala. Uma delas é a dificuldade de relacioná-la com as características físicas da fonte do terremoto, reconhece o artigo espanhol.

No início do século 21, muitos sismólogos consideraram a escala Richter obsoleta e propuseram uma alternativa mais adequada: a escala sismológica de magnitude de momento.

Introduzida em 1979 pelos sismólogos Thomas Hanks e Hiroo Kanamori, essa ferramenta se baseia na medição da energia total liberada em um terremoto, explica a National Geographic Espanha. Ao contrário de sua antecessora, ela é capaz de avaliar a energia liberada em terremotos de magnitudes superiores a 6,9, fornecendo um quadro mais completo do fenômeno sísmico.

Além da Escala Richter temos a: Escala Mercalli

Escala Mercalli

A escala de Richter não avalia a intensidade sísmica em um local determinado ou em zonas urbanas. Para isso utilizamos uma escala de intensidade, a escala de Mercalli. Ela foi criada em 1902 pelo sismólogo italiano Giusseppe Mercalli. Essa escala, ao contrário da escala de Richter não se baseia em registros sismográficos e sim nos efeitos ou danos produzidos nas estruturas e percebido pelas pessoas nas imediações do abalo. Para um mesmo sismo, a intensidade pode ser diferente em diversas localidades reportadas.

A escala de Mercalli tem uma importância apenas qualitativa e não deve ser interpretada em termos absolutos, uma vez que depende de observação humana.

Por exemplo, um terremoto classificado como 7 na escala de Richter num deserto inabitado é classificado como 1 na escala de Mercalli, enquanto que um terremoto de menor magnitude classificado como 5, numa zona onde as construções são frágeis e pouco preparadas para resistir a abalos sísmicos pode causar efeitos devastadores e ser classificado com intensidade 9.

Escala Mercalli: Imagem(Abalos-símicos)


Escala Saffir - Simpson

 

Quando um furacão com a categoria 5 na escala Saffir-Simpson se forma significa que, de acordo com esta classificação, o evento da natureza atingiu sua fase mais perigosa, o que coloca a população e os especialistas em alerta.

Mas como funciona a escala que define quando um furacão ou ciclone apresenta grande risco? Conheça melhor o método de medição Saffir-Simpson. 

Tornado - Furação

O que é a escala Saffir-Simpson?

A escala Saffir-Simpson é uma classificação de 1 a 5 baseada na velocidade máxima sustentada do vento de um furacão, que também estima os possíveis danos à propriedade, explica o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC).

Ela foi criada no início da década de 1970 pelo engenheiro Herbert Saffir e pelo meteorologista Robert Simpson, que se propuseram a desenvolver um método de medição que descrevesse os prováveis efeitos que os furacões poderiam ter em uma área.

Conforme esclarece um documento publicado em 2021 pelo NHC, a escala não leva em conta o potencial de outros impactos relacionados aos furacões ou ciclones, como tempestades, inundações induzidas pela chuva e tornados. Deve-se, portanto, observar que as descrições gerais de danos dependem, até certo ponto, dos códigos de construção locais existentes.

Embora todos os furacões produzam ventos com risco de morte, os ciclones de categoria 3 ou superior são conhecidos como grandes furacões e podem gerar danos devastadores, além de perdas significativas de vidas devido à força de seus ventos.

Quais são as categorias da escala Saffir-Simpson e que danos elas causam?

De acordo com o documento de 2021, a escala tem 5 níveis e, em geral, as indenizações são multiplicadas por um fator de quatro para cada aumento na categoria.


No nível 1, a velocidade do vento está entre 119 e 153 quilômetros por hora (km/h). Essa condição pode ter alguns efeitos negativos, como danos nos telhados e calhas das casas. Além disso, galhos grandes de árvores podem se quebrar e cair, bem como árvores com raízes rasas. Além disso, os postes e as linhas de energia elétrica costumam ser afetados, levando a possíveis quedas de energia.

O Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais do México indica que esses ventos causam danos menores à infraestrutura e à vegetação.

Já no nível seguinte, os ventos estão entre 154 e 177 km/h, o que causa danos significativos: casas bem construídas geralmente sofrem estragos consistentes no telhado e em seu revestimento. Algumas árvores de raízes rasas são arrancadas e podem bloquear estradas. A perda de energia elétrica pode ser quase total e as interrupções nesse serviço são capazes de durar de vários dias a semanas.

Os ciclones de categoria 3 são caracterizados por ventos entre 178 e 208 km/h, causando estragos devastadores até mesmo em casas com estruturas sólidas. Muitas árvores acabam arrancadas, inclusive pela raiz, e aumentam os bloqueios às estradas. Em termos de serviços, a eletricidade e a água geralmente ficam indisponíveis por vários dias ou semanas após o fim da tempestade.

O nível 4 de Saffir-Simpson apresenta ventos entre 209 e 251 km/h. Esses ventos geram danos catastróficos: "Casas bem construídas podem ser severamente danificadas com a perda da maior parte da estrutura do telhado e/ou de algumas paredes externas", explica o NHC. A maioria das árvores e postes de eletricidade caem, deixando algumas áreas residenciais isoladas. As quedas de energia podem durar semanas ou até meses e, como consequência final, é provável que a maior parte da área fique inabitável por semanas ou meses.

Finalmente, no nível 5, os ventos ultrapassam 252 km/h. Quando o ciclone atinge esse nível da escala, uma alta porcentagem de casas é destruída. A maior parte da área fica inabitável por um longo período e algumas áreas residenciais são isoladas, sem terem serviço de água ou energia por várias semanas ou meses.

 

 

https:/nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente



 


sábado, 22 de junho de 2024

O ciclo das rochas



O ciclo das rochas é um conceito básico em geologia que descreve as transformações através do tempo geológico, entre os três principais tipos de rochas: sedimentares, metamórficas e ígneas. Cada um dos tipos de rochas são alterados ou destruídos ,quando ele é forçado para fora das suas condições de equilíbrio. Devido às forças do movimento das placas tectônicas, zona de subducção e do ciclo da água, as rochas não permanecem em equilíbrio e são forçadas a mudar à medida que se adaptam com novos ambientes. O ciclo das rochas é um conceito que explica bem como os três tipos de rochas são relacionados uns com os outros, e com os processos de mudanças ao longo da evolução geológica do planeta Terra.

Desenvolvimento histórico - O ciclo das rochas geralmente era atribuído pelo Geólogo James Hutton,a partir do século XVIII. O ciclo das rochas fez parte do Hutton pela sua frase: "Nenhum vestígio de um começo, e sem perspectiva de um fim, se, em especial para o ciclo das rochas e a natureza cíclica prevista de processos geológicos". Este conceito do ciclo das rochas não-evolutiva repetitivo permaneceu dominante até a revolução das placas tectônicas da década de 1960. Com o entendimento de desenvolvimento da movimentação das placas tectônicas , o ciclo das rochas mudou de infinitamente repetitiva,a um processo de evolução gradual. O ciclo de Wilson (um ciclo das rochas baseado nas placas tectônicas) foi desenvolvido por J. Tuzo Wilson durante os anos 1950 e 1960.

Transição dos tipos de rochas - Rochas expostas em altas temperaturas e pressões podem ter sido alteradas fisicamente ou quimicamente ao ponto de formar uma rocha diferente, a rocha metamórfica. Metamorfismo refere-se aos efeitos sobre grandes massas de rochas sobre uma vasta área, tipicamente associados a eventos de construção de montanhas dentro de cinturões Orogênese. Estas rochas comumente apresentam diversos tipos de diferentes minerais e cores.

Placas tectônicas - Em 1967, J. Tuzo Wilson publicou um artigo na revista Nature que descreve a abertura repetida e fechamento de bacias oceânicas, com especial incidência sobre o atual área do Oceano Atlântico. Este conceito, é uma parte da evolução das placas tectônicas, tornou-se conhecido como o ciclo de Wilson. O ciclo de Wilson teve profundos efeitos sobre a interpretação moderna do ciclo das rochas. Como as placas tectônicas se tornou reconhecido como a força dos movimentos para o ciclo das rochas.

O papel da água - A presença de água abundante na Terra é de grande importância para o ciclo das rochas. Mais talvez, são os processos da água para formação de erosão e intemperismo. As chuvas,alagamentos de solos e águas subterrâneas é bastante eficaz na dissolução de minerais, especialmente, as rochas ígneas ,metamórficas e sedimentares marinhas que são instáveis sob condições atmosféricas perto da superfície. A água leva embora os íons dissolvidos em solução e os fragmentos desagregados que são os materiais do intemperismo. Água transporta grandes quantidades de sedimentos através de interiores de bacias de hidrográficas dos rios que vai para os oceanos.

Um papel menos óbvio da água está nos processos de metamorfismo que ocorrem em rochas vulcânicas do fundo do mar, como a água do mar, por vezes aquecido, flui através das fraturas e fendas na rocha. Todos estes processos, ilustrado por serpentinização, são uma parte importante da destruição de rocha vulcânica.

Outro papel importante da água é sua participação na formação das rochas sedimentares. Os sedimentos depositados são compactados pela pressão, e elementos dissolvidos na água que se infiltra realizam o processo de cimentação, isto é, criam coesão entre as partículas.


Tipos de Rochas

A classificação dos tipos de rochas, conforme sua gênese, é em ígneas ou magmáticas, metamórficas e sedimentares.

1 - Rochas ígneas ou magmáticas: são aquelas que se originam a partir da solidificação do magma ou da lava vulcânica. Elas costumam apresentar uma maior resistência e subtipos geologicamente recentes e de formações antigas. Elas dividem-se em dois tipos:

a) Rochas ígneas extrusivas ou vulcânicas: são aquelas que surgem a partir do resfriamento do magma expelido em forma de lava por vulcões, formando a rocha na superfície e em áreas oceânicas. Como nesse processo a formação da rocha é rápida, ela apresenta características diferentes das rochas intrusivas. Um exemplo é o basalto.

 


b) Rochas ígneas intrusivas ou plutônicas: são aquelas que se formam no interior da Terra, geralmente nas zonas de encontro entre a astenosfera e a litosfera, em um processo constitutivo mais longo. Elas surgem na superfície somente através de afloramentos, que se formam graças ao movimento das placas tectônicas, como ocorre com a constituição das montanhas. Exemplo: granito e gabro. 


2 - Rochas metamórficas: são as rochas que surgem a partir de outros tipos de rochas previamente existentes (rochas-mãe) sem que essas se decomponham durante o processo, que é chamado de metamorfismo. Quando a rocha original é transportada para outro ponto da litosfera que apresenta temperatura e pressão diferentes do seu local de origem, ela altera as suas propriedades mineralógicas, transformando-se em rochas metamórficas. Exemplo: Gnaisse e mármore.



3 - Rochas sedimentares: são rochas que se originam a partir do acúmulo de sedimentos, que são partículas de rochas. Uma rocha preexistente sofre com as ações dos agentes externos ou exógenos de transformação do relevo, desgastando-se e segmentando-se em inúmeras partículas (meteorização); em seguida, esse material (pó, argila, etc.) é transportado pela água e pelos ventos para outras áreas, onde se acumulam e, a uma certa pressão, unem-se e solidificam-se novamente (diagênese), formando novas rochas.

Esse tipo de constituição rochosa, em certos casos, favorece a preservação de fósseis, que, por esse motivo, só podem ser encontrados em rochas sedimentares. Além disso, nas chamadas bacias sedimentares, é possível a existência de petróleo, recurso mineral muito importante para a sociedade contemporânea. Exemplo: Arenito, argila e calcário.


Conhecer os diferentes tipos de rocha é importante para a realização de práticas econômicas, que se beneficiam delas de várias formas. Além disso, tal compreensão possibilita o entendimento dos processos de formação da Terra, do relevo e seus ciclos de transformação.

 

Fontes:

Mundo educação uol

Wikipédia/apud

http://www.windows2universe.org/earth/geology/rocks_intro.html&lang=sp



sexta-feira, 2 de junho de 2023

Inverno meteorológico x Inverno astronômico (Brasil)



Tradicionalmente, o inverno como conhecemos tem início no hemisfério Sul por volta dos dias 20 e 21 de junho. O solstício, fenômeno que indica o posicionamento solar em limite máximo, marca o começo astronômico da estação mais fria do ano.

No entanto, um outro tipo de classificação é utilizado para determinar a estação: o inverno meteorológico, que começa no dia 1º de junho. O meteorologista Luiz Felippe Gozzo, professor do Departamento de Física e Meteorologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), explica que a diferença está na forma de determinar as estações.

“O inverno astronômico é baseado na posição da órbita da Terra em relação ao Sol. Temos os solstícios e os equinócios. Já o inverno meteorológico é baseado no ciclo anual de temperatura”, afirma o especialista, em comunicado.

No Brasil, cidades da região Sul, de São Paulo e do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de áreas do Mato Grosso do Sul experimentam dias mais frios antes mesmo do início astronômico do inverno.

Para os meteorologistas, o período de inverno começa no início de junho e vai até o fim de agosto, embora o equinócio de primavera ocorra só em 23 de setembro.

“Meteorologistas e climatologistas dividem as estações em grupos de três meses com base no ciclo de temperatura anual, bem como em nosso calendário. Geralmente se pensa no inverno como a época mais fria do ano e no verão como a época mais quente do ano, sendo a primavera e o outono as estações de transição, e é nisso que se baseiam as estações meteorológicas”, afirma a meteorologista Estael Sias, da MetSul, em comunicado.

A especialista explica que seguindo o calendário civil e tendo menos variação na duração e início da estação, torna-se mais fácil calcular estatísticas sazonais a partir dos dados mensais, que são úteis para agricultura e comércio, por exemplo.

Previsão para junho 2023

Ao longo do mês, três frentes frias devem passar sobre o Brasil, de acordo com dados da Climatempo. Em ao menos duas dessas ocasiões, deve acontecer queda acentuada das temperaturas em grandes áreas do país.

A primeira frente fria forte de junho deve começar a influenciar o tempo nos dias anteriores ao fim da primeira quinzena do mês. A segunda frente fria deve passar pelo país pouco depois do solstício de inverno, no dia 21 de junho. A terceira frente fria está prevista para o fim do mês.

Segundo a Climatempo, o frio não deve se prolongar por muitos dias no Centro-Sul do Brasil. Na média, junho deve terminar com temperaturas um pouco acima do normal na maioria das áreas do país.


Fonte: CNN Brasil (*Com informações da Climatempo e da MetSul)






segunda-feira, 6 de junho de 2022

Coordenadas geográficas

Fonte da imagem: (Escola educação)


As coordenadas geográficas são um complexo sistema de localização espacial utilizado para apontar um determinado objeto situado em qualquer ponto da superfície terrestre.

As coordenadas geográficas são um sistema de linhas imaginárias que permitem a localização de qualquer ponto na superfície terrestre. A localização de uma determinada coordenada geográfica ocorre por meio do ponto de encontro entre um paralelo um meridiano. Os paralelos são linhas imaginárias horizontais que cortam o planeta no sentido leste-oeste e dão origem à latitude. Já os paralelos são linhas imaginárias verticais que cortam o planeta no sentido norte-sul e dão origem à longitude. Os pontos cardeais auxiliam na leitura da direção correta das coordenadas geográficas.


O que são as coordenadas geográficas?

As coordenadas geográficas são um sistema de localização utilizado para situar qualquer ponto da superfície terrestre. Tal sistema é formado por meio de uma grade de coordenadas, que correspondem a um conjunto de linhas imaginárias indicando a posição de um determinado objeto no espaço global.

 

Paralelos e meridianos

Os paralelos são linhas imaginárias que cortam o planeta Terra no sentido leste-oeste. O paralelo mais importante é a Linha do Equador, localizada no meio da Terra, dividindo o planeta nos hemisférios Norte e Sul. Além da Linha do Equador, outros paralelos importantes são:

Círculo Polar Ártico;

Trópico de Câncer;

Trópico de Capricórnio;

Círculo Polar Antártico.

 

Por sua vez, os meridianos são linhas imaginárias que cortam o planeta Terra no sentido norte-sul. O meridiano mais importante é o Meridiano de Greenwich, que divide o planeta nos hemisférios oriental e ocidental. Os meridianos são importantes também para a definição dos fusos horários da Terra.

 

Tipos de coordenadas geográficas

A grade de coordenadas geográficas é formada por linhas imaginárias distintas, horizontais e verticais, de forma que o encontro das linhas indica a localização exata de um determinado ponto na superfície terrestre. Portanto, há dois tipos de coordenadas geográficas:

Latitude: é definida pelos paralelos, por meio da distância em graus de qualquer ponto da superfície terrestre até a Linha do Equador, que varia de 0° até 90° norte ou sul.

Longitude: é definida pelos meridianos, por meio da distância em graus de qualquer ponto da superfície terrestre até o Meridiano de Greenwich, que varia de 0° até 180° leste ou oeste.

 

Como localizar as coordenadas geográficas?

As coordenadas geográficas correspondem ao conjunto de linhas imaginárias traçadas nas posições horizontal e vertical. Tendo em vista que os paralelos (linhas horizontais) definem a latitude de um local e que os meridianos (linhas verticais) definem a longitude de um local, para encontrar a coordenada geográfica de um determinado ponto da superfície terrestre, basta localizar o respectivo ponto no encontro de um paralelo com um meridiano, obtendo assim a medida exata da coordenada geográfica do lugar em questão.


Pontos cardeais

Os pontos cardeais são referenciais de localização geográfica, definidos com base no ponto de nascença do Sol (leste). Portanto, por meio desse referencial, temos as outras direções cardeais: oeste, norte e sul. Os pontos cardeais são comumente representados por uma rosa dos ventos.



Os pontos cardeais são empregados em documentos cartográficos, como mapas, além de instrumentos de localização, como bússolas, com o objetivo de referenciar determinada localização espacial. Os pontos cardeais servem de orientação ao definirmos a localização das coordenadas geográficas.


Paralelos e meridianos

Os paralelos e meridianos são as linhas imaginárias traçadas ao longo da Terra, utilizadas em muitas funções cartográficas, principalmente no estabelecimento das coordenadas geográficas. Essas linhas são traçadas sobre o globo terrestre no sentido horizontal e vertical. Os paralelos formam círculos concêntricos, enquanto os meridianos formam semicírculos.

O que são os paralelos?

Imagem: (mundoeducacao.uol)

Os paralelos são, pois, linhas imaginárias dispostas sobre o eixo do globo terrestre no sentido horizontal, formando círculos que são maiores na parte central, entre o norte e o sul, e menores nas proximidades dos polos. O maior e mais importante desses paralelos é a Linha do Equador por dividir o planeta em hemisfério norte (também chamado de Boreal e Setentrional) e hemisfério sul (chamado também de Austral e Meridional).

Alguns outros paralelos importantes por serem demarcações das diferentes posições da Terra em relação aos raios solares ao longo do ano são os trópicos de Capricórnio e de Câncer, além dos círculos polares Ártico e Antártico.

Os paralelos possuem medidas específicas, chamadas de latitudes, que constituem a distância, em graus, de um dado paralelo em relação à Linha do Equador. Essa, por sua vez, possui latitude 0º.

O que são os meridianos?

Imagem: (mundoeducacao.uol)


Os meridianos são as linhas imaginárias dispostas verticalmente sobre o globo terrestre, formando semicírculos, ou seja, curvas que representam a metade de um círculo. Como todos os meridianos possuem o mesmo tamanho, não há diferenças técnicas entre um e outro, o que fez com que o meridiano principal fosse escolhido por meio de uma convenção realizada em Washington D.C. no final do século XIX.

Nessa convenção, escolheu-se que a linha imaginária que atravessa a cidade de Londres, capital da Inglaterra e centro econômico da época, seria o meridiano principal, chamado de Meridiano de Greenwich, que é também o marco zero na medição dos fusos horários.

Todo meridiano possui uma unidade de medida, chamada de longitude, que é a distância, em graus, entre qualquer meridiano e Greenwich, que possui longitude 0º. Tudo o que estiver a oeste dessa linha faz parte do hemisfério ocidental, e o que estiver a leste faz parte do hemisfério oriental.

O meridiano oposto a Greenwich, posicionado a 180º de longitude, dá origem à Linha Internacional de Mudança de Data, que delimita o fim de um dia e o início do outro. No entanto, essa linha traçada não obedece inteiramente às direções cartográficas, pois apresenta “curvas” para adaptar-se a alguns territórios e ilhas do Pacífico.

Os paralelos e meridianos, combinados entre si e com as latitudes e longitudes, dão origem ao sistema de coordenadas geográficas, que é utilizado para definir qualquer ponto da superfície terrestre. Trata-se, portanto, de um preciso e importante método de localização geográfica.


Fonte: mundo educação.uol



Curva de nível

Imagem: (blog.droneng.com)


À medida que as tecnologias evoluem, fica cada vez mais claro o papel da representação cartográfica inteligente, como no caso da curva de nível. Esse mapa é um dos responsáveis por garantir a precisão e acurácia principalmente em projetos topográficos, na construção civil.

Mas afinal, o que é uma curva de nível? Qual o seu objetivo? Onde usá-las? E como gerá-las automaticamente? Essas e outras respostas você irá descobrir neste artigo!

 

O que  é uma curva de nível?

A curva de nível nada mais é do que uma linha que conecta diversos pontos de mesmo valor altimétrico, gerada através do Modelo Digital de Terreno. Quando combinadas, elas ajudam a verificar os níveis de altitude de um terreno ou qualquer irregularidade em sua superfície.

 

Assim, essas linhas são capazes de formar um mapa topográfico como no exemplo abaixo:

Imagem: (mappa.ag)

 

Através destes pontos georreferenciados, a curva de nível fornece uma visão tridimensional da área de interesse. Desta forma, é possível identificar características fundamentais para o seu projeto, como:

 

áreas acidentadas;

declividade;

diferenças de altitude no terreno;

pontos de escoamento.

 

Qual é o objetivo das curvas de nível?

O objetivo da curva de nível é fornecer informações sobre a altitude e irregularidades de um terreno com acurácia e precisão. Através destes dados é possível realizar uma série de análises relevantes principalmente na topografia e na engenharia.

Na engenharia e construção civil, por exemplo, elas são utilizadas principalmente nas etapas de licitação e pré-planejamento garantindo uma boa compreensão da área de interesse. Com  as curvas de nível é possível identificar:

 

Pontos de drenagem;

Mudanças na elevação do terreno;

Melhores locais para construção, escavação e armazenamento

de materiais.

 

Já na topografia, as curvas de nível são fundamentais para a criação de levantamentos altimétricos e planialtimétricos em uma série de projetos, e alguns dos seus usos são:

 

Elaboração de plantas e esboços,

Relatórios topográficos;

Cartas topográficas.

 

E podemos adiantar para você que existe uma forma bem mais fácil e rápida de criá-las, e nós vamos falar sobre isso no próximo tópico deste artigo.

Por fim, a curva de nível também é largamente utilizada na agricultura, em técnicas de plantio que exigem maior conhecimento sobre as elevações do terreno. Assim, fica bem mais fácil evitar problemas como a erosão. Confira mais alguns dos seus usos:

 

 projetos de irrigação;

sistematização de área;

terraceamento;

delimitação de bacias hidrográficas.

 

Fonte: mappa.ag

segunda-feira, 30 de maio de 2022

Nazaré, a maior onda do mundo

Imagem: (pinterest.pt)


Entenda por que Nazaré é a maior onda do mundo

Sempre que o inverno europeu se aproxima, aumenta a expectativa pelas ondas gigantes de Nazaré. Os melhores surfistas do planeta passam por lá nessa época e proporcionam quebras de recordes todos os anos. Mas o que explica a formação dessas paredes de água em Portugal? Fomos até lá pra entender a formação geológica que possibilita tudo isso.

Localizada ao norte de Lisboa, Nazaré recebe as ondulações gigantes geradas nas tempestades do oceano Atlântico, a centenas de quilômetros dali. O que faz com que essas ondas sejam muito maiores na região do que em outros lugares da costa portuguesa é a presença de um cânion submerso, também chamado de canhão – o famoso Canhão da Nazaré.

"Os cânions são formações geomorfológicas normalmente associadas à erosão da terra provocada por um rio. Em Nazaré, a origem pode ser tectônica, ou seja, a fenda se abriu por algum tremor de terra há milhões de anos", explica o geólogo Lucca Cunha.

Para entender por que o canhão é importante para a formação das ondas gigantes, é preciso entender o contraste entre o fundo do mar das praias de Nazaré e do Norte. Na praia de Nazaré está o canhão, com profundidade que varia de 50 metros a quase 5 mil metros. Enquanto isso, na praia do Norte, o fundo é a plataforma continental, muito mais rasa.

Canhão da Nazaré: © Maíra Pabst


Devido à profundidade, as ondulações que viajam sobre o Canhão da Nazaré não perdem velocidade e tem sua direção alterada. Já as ondulações que viajam sobre a plataforma continental perdem velocidade e não sofrem alteração de direção. Ambas se encontram em frente ao Farol da Nazaré, a 200 metros da praia. Essa junção faz com que o pico levante ainda mais, fator principal para as condições massivas em Nazaré.

"Uma onda arrebenta quando a altura da vaga se torna maior do que a profundidade, e Nazaré é perfeito para isso, já que a transição é repentina e as ondas chegam até a costa ainda muito altas", diz Lucca sobre outro fator que contribui para o tamanho da onda. "Além disso, há a corrente de retorno de água, que acontece em frente ao Cabo como um backwash muito poderoso".

Ou seja, uma junção de muitos fatores naturais fazem de Nazaré um pico muito especial para o surfe de ondas grandes. E é por isso que nessa época vários surfistas de todas as partes do mundo fazem do vilarejo suas casas e fiquem a espera das ondas massivas.

 

Fonte: redbull.com


Assista o vídeo abaixo:


Vídeo: Instituto Hidrográfico - Marinha Portuguesa





domingo, 29 de maio de 2022

MULTIVERSO: O que é o multiverso – e há alguma evidência de sua existência?

 


Cientistas só podem ver até uma determinada distância, até alcançarem a borda do universo. Será que algum dia saberemos se existe algo além?


Texto: Nationalgeographic

O que está além das margens do universo observável? É possível que nosso universo seja apenas um de muitos em um multiverso muito maior?

Os filmes não se cansam de explorar essas questões. De blockbusters de super-heróis como Doutor Estranho no Multiverso da Loucura ao queridinho indie Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo – com data de estreia no Brasil prevista para 23 de junho –, as histórias de ficção científica estão cheias de realidades alternativas. E, dependendo de qual cosmólogo você perguntar, o conceito de um multiverso é mais do que pura fantasia.

Filme "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura" (Foto de Divulgação)

As ideias da humanidade sobre realidades alternativas são antigas e variadas. Em 1848, Edgar Allan Poe até escreveu um poema em prosa no qual imaginava a existência de “uma sucessão ilimitada de universos”. Mas o conceito de multiverso realmente decolou quando teorias científicas modernas, tentando explicar as propriedades de nosso universo, previram a existência de outros universos, onde eventos ocorrem fora de nossa realidade.

“Nossa compreensão da realidade não está completa, muito pelo contrário”, diz o físico da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, Andrei Linde. “A realidade existe independentemente de nós.”

Se eles existem, esses universos estão separados do nosso, inalcançáveis ​​e indetectáveis ​​por qualquer medição direta (pelo menos até agora). E isso faz com que alguns especialistas questionem se a busca por um multiverso pode ser verdadeiramente científica.

Os cientistas um dia terão certeza se o nosso universo é o único? Nós quebramos as diferentes teorias sobre um possível multiverso – incluindo outros universos com suas próprias leis da física – e se muitas versões de você poderiam existir por aí.

 

O que é um multiverso?

O multiverso é um termo que os cientistas usam para descrever a ideia de que além do universo observável, outros universos também podem existir. Os multiversos são previstos por várias teorias científicas que descrevem diferentes cenários possíveis – desde regiões do espaço em planos diferentes do nosso universo, até universos-bolha separados que estão constantemente surgindo.

A única coisa que todas essas teorias têm em comum é que elas sugerem que o espaço e o tempo que podemos observar não são a única realidade.

Ok… mas por que os cientistas pensam que pode haver mais de um universo?

“Não podemos explicar todas as características do nosso universo se houver apenas uma delas”, diz o jornalista científico Tom Siegfried, cujo livro The Number of the Heavens (O número de céus, em tradução livre) investiga como as concepções do multiverso evoluíram ao longo de milênios.

“Por que as constantes fundamentais da natureza são o que são?”, Siegfried se pergunta. “Por que há tempo suficiente em nosso universo para fazer estrelas e planetas? Por que as estrelas brilham do jeito que brilham, com a quantidade certa de energia? Todas essas coisas são perguntas para as quais não temos respostas em nossas teorias físicas.”

Siegfried diz que existem duas explicações possíveis: primeiro, que precisamos de teorias mais novas e melhores para explicar as propriedades do nosso universo. Ou, diz ele, é possível que “sejamos apenas um dos muitos universos que são diferentes, e vivemos naquele que é agradável e confortável”.


Quais são algumas das teorias mais populares do multiverso?

Talvez a ideia mais aceita cientificamente venha do que é conhecido como cosmologia inflacionária, que é a ideia de que nos momentos após o Big Bang, o universo se expandiu rápida e exponencialmente. A inflação cósmica explica muitas das propriedades observadas do universo, como sua estrutura e a distribuição das galáxias.

“A princípio, essa teoria parecia uma peça de ficção científica, embora muito imaginativa”, diz Linde, um dos arquitetos da teoria inflacionária cósmica. “Mas isso explicava tantas características interessantes do nosso mundo que as pessoas começaram a levá-la a sério.”

Uma das previsões da teoria é que a inflação poderia acontecer repetidamente, talvez infinitamente, criando uma constelação de universos-bolha. Nem todas essas bolhas terão as mesmas propriedades que as nossas – podem ser espaços onde a física se comporta de maneira diferente. Alguns deles podem ser semelhantes ao nosso universo, mas todos existem além do reino que podemos observar diretamente.


Quais são as outras ideias?

Outro tipo atraente de multiverso é chamado de interpretação dos muitos-mundos da mecânica quântica, que é a teoria que descreve matematicamente como a matéria se comporta. Proposta pelo físico Hugh Everett em 1957, a interpretação de muitos-mundos prevê a presença de linhas de tempo ramificadas ou realidades alternativas nas quais nossas decisões se desenrolam de maneira diferente, às vezes produzindo resultados totalmente distintos.

“Hugh Everett diz: veja, na verdade há um número infinito de Terras paralelas, e quando você faz um experimento e obtém as probabilidades, basicamente tudo o que prova é que você vive na Terra onde esse foi o resultado desse experimento”, diz o físico James Kakalios, da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, que escreveu sobre a física (ou não) dos super-heróis. “Mas em outras Terras, há um resultado diferente.”

De acordo com essa interpretação, versões de você poderiam estar vivendo as muitas vidas possíveis que você poderia ter levado se tivesse tomado decisões diferentes. No entanto, a única realidade que é perceptível para você é aquela em que você habita.

 

Então, onde todas essas outras Terras existem?

Elas estão todas sobrepostas em dimensões que não podemos acessar. Max Tegmark do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) refere-se a esse tipo de multiverso como um multiverso de Nível III , onde vários cenários estão se desenrolando em realidades ramificadas.

“Na interpretação de muitos-mundos, você ainda tem uma bomba atômica, só não sabe exatamente quando ela vai explodir”, diz Linde. E talvez em algumas dessas outras realidades, não.

Por outro lado, os múltiplos universos previstos por algumas teorias da inflação cósmica são o que Tegmark chama de multiverso de Nível II, onde a física fundamental pode ser diferente nos diferentes universos. Em um multiverso inflacionário, diz Linde, “você nem sabe se, em algumas partes do universo, bombas atômicas são possíveis em princípio”.

 

Então, se eu quiser conhecer uma outra versão minha, como chego lá? Podemos viajar entre multiversos?

Infelizmente não. Os cientistas não acham que seja possível viajar entre universos, pelo menos não ainda.

“A menos que um monte de física que sabemos que está solidamente estabelecida esteja errada, você não pode viajar para esses multiversos”, diz Siegfried. "Mas quem sabe? Daqui a mil anos. Não estou dizendo que alguém não pode descobrir algo que nunca teríamos imaginado.”

 

Existe alguma evidência direta sugerindo a existência de multiversos?

Embora certas características do universo pareçam exigir a existência de um multiverso, nada foi observado diretamente que sugira que ele realmente exista. Até agora, as evidências que apoiam a ideia de um multiverso são puramente teóricas e, em alguns casos, filosóficas.

Alguns especialistas argumentam que pode ser uma grande coincidência cósmica que o Big Bang forjou um universo perfeitamente equilibrado que é perfeito para a nossa existência. Outros cientistas pensam que é mais provável que existam vários universos físicos e que simplesmente habitemos aquele que tem as características certas para nossa sobrevivência.

Um número infinito de pequenos universos de bolso alternativos, ou universos bolhas, alguns dos quais têm física diferente ou diferentes constantes fundamentais, é uma ideia atraente, diz Kakalios. “É por isso que algumas pessoas levam essas ideias a sério, porque isso ajuda a resolver certas questões filosóficas”, diz ele.

Os cientistas discutem se o multiverso é mesmo uma teoria empiricamente testável; alguns diriam que não, dado que, por definição, um multiverso é independente de nosso próprio universo e impossível de acessar. Mas talvez não tenhamos descoberto o teste certo.

 

Será que algum dia saberemos se nosso universo é apenas um entre muitos?

Pode ser que não. Mas os multiversos estão entre as previsões de várias teorias que podem ser testadas de outras maneiras, e se essas teorias passarem em todos os testes, talvez o multiverso também se mantenha. Ou talvez alguma nova descoberta ajude os cientistas a descobrir se realmente existe algo além do nosso universo observável.

“O universo não é limitado pelo que algumas gotas de protoplasma em um pequeno planeta podem descobrir ou testar”, diz Siegfried. “Podemos dizer: isso não é testável, portanto, não pode ser real – mas isso significa apenas que não sabemos como testá-lo. E talvez algum dia descobriremos como fazer, e talvez não. Mas o universo pode fazer o que quiser.”

 

Fonte: Nationalgeographic Brasil



domingo, 22 de janeiro de 2017

Tipos de Chuvas: Chuva orográfica, Frontal e de Convecção

A chuva é um dos vários tipos de precipitação do vapor d'água existente na atmosfera, sendo caracterizada pela queda da água em sua forma líquida. É possível, assim, caracterizá-la e classificá-la com base em diferentes critérios, como o índice de acidez ou a sua intensidade. No entanto, a seguir, destacaremos os principais tipos de chuva conforme a sua classificação mais comum, que se baseia em sua forma de ocorrência.





Desse modo, temos três tipos de chuva principais: as orográficas, as frontais e as convectivas.



Chuvas orográficas



As chuvas orográficas – também chamadas de chuva de relevo - são o principal exemplo de como as formas de relevo podem influenciar o clima e também os fenômenos meteorológicos. Elas ocorrem quando uma massa de ar úmido é “bloqueada” por uma forma íngreme de relevo, como uma montanha, uma serra ou escarpa. Assim, nessa área de encontro, ocorrem fortes chuvas orográficas, que retiram toda a umidade do ar e faz com que ele se apresente mais seco ao prosseguir.
Geralmente, as áreas que recebem esse ar seco formado passam por fortes secas. Em alguns pontos, formam-se, por esse motivo, grandes desertos, a exemplo de algumas áreas da China, que são desérticas justamente pela impossibilidade de chuvas, que se concentram nas áreas de relevo mais íngreme no sul da Ásia.




Chuvas frontais


As chuvas frontais – também chamadas de chuvas ciclônicas – são aquelas resultantes do encontro direto entre duas massas de ar, sendo uma fria e seca e outra quente e úmida. A massa de ar frio, por ser mais densa, faz a massa de ar quente e úmido subir para os pontos mais altos da troposfera, onde se inicia o processo de condensação e a consequente precipitação.




Chuvas de convecção ou convectivas


As chuvas convectivas – também chamadas de chuvas de verão – são aquelas que se formam a partir da circulação do ar em uma determinada localidade, havendo um movimento ascendente do ar quente e descendente do ar frio, haja vista que esse último é mais denso. Assim, o ar quente, ao subir, leva consigo toda a umidade produzida na superfície, incluindo a evapotranspiração da vegetação, produzindo o ambiente propício para a formação das chuvas.






Referências do texto:

PENA, Rodolfo F. Alves.   "Tipos de Chuva";    Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/tipos-chuva.htm>. Acesso em 22 de janeiro de 2017.