O relevo brasileiro é
composto por Planícies, Planaltos e Depressões, não registrando a existência de
montanhas em função da ausência de dobramentos modernos.
O relevo brasileiro é
caracterizado por ser geologicamente antigo, ficando muito tempo exposto aos
efeitos dos agentes exógenos ou externos de transformação da superfície,
apresentando, assim, formas físicas muito desgastadas. Além disso, o território
nacional não se localiza em faixas de encontro entre placas tectônicas, o que
explica as baixas altitudes médias no país.
Assim, o Brasil não
apresenta nenhum tipo de cadeia de montanhas, uma vez que em seu território não
se constituíram os chamados dobramentos modernos. Em geral, as formas de relevo
não costumam ser muito elevadas. O ponto mais alto do relevo brasileiro não
supera os 3 mil metros de altitude: o Pico da Neblina, localizado na fronteira
do Amazonas com a Venezuela, alcança “apenas” 2993 metros. Não obstante, cerca
de 78% do território nacional não possui mais que 500 metros de altitude.
A maior parte do relevo é
composta por planaltos e depressões relativas, e uma menor parte, por
planícies.
Observe o mapa abaixo:
Com a observação do mapa,
conseguimos ter uma melhor noção da distribuição das formas de relevo pelo
território brasileiro. Ela foi elaborada por Jurandyr Ross, após a execução do
projeto Radam Brasil, que consistiu em um levantamento ocorrido entre os anos
de 1971 e 1986 com o objetivo de mapear os recursos naturais do país.
Os Planaltos são áreas em
que o processo de erosão foi superior ao de deposição de sedimentos.
Caracterizam-se por serem áreas mais acidentadas que as planícies e menos do
que as montanhas. Trata-se de uma forma de relevo em processo de destruição e
desgaste superficial.
No Brasil, os planaltos são
cercados por depressões e localizam-se em bacias sedimentares – a exemplo dos
planaltos da bacia do Paraná e do Parnaíba – e em áreas cratônicas – a exemplo
dos planaltos e serras de Leste-Sudeste. Sobre os primeiros, costumam ocorrer
formações do tipo “mares de morro”, muito comuns no Centro-Oeste brasileiro.
As Planícies são áreas em
que o processo de deposição de sedimentos é superior ao de erosão.
Caracterizam-se por serem regiões mais planas e pouco acidentadas. Ao contrário
dos planaltos, essa é uma forma de relevo em construção. A principal área de
planície no Brasil é a do Rio Amazonas.
As Depressões, por sua vez,
são áreas em que as altitudes são inferiores às paisagens circundantes. No caso
do Brasil, não há depressões absolutas (abaixo do nível do mar). Boa parte das
depressões brasileiras era anteriormente associada a planícies, o que mais
tarde se demonstrou falso. Dentre as depressões brasileiras, podemos destacar a
Sertaneja e a da Amazônia Ocidental.
Por Rodolfo F. Alves Pena
alunosonline.uol
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